O câncer no colo do útero tem, como principal causa, a infecção persistente pelo HPV (papilomavírus humano).
Mas pacientes cujas mães, avós, irmãs ou parentes mais próximas apresentam a doença também estão mais suscetíveis a desenvolver esse tipo de câncer.
Além disso, mulheres sedentárias, fumantes ou com sobrepeso se tornam mais vulneráveis a esse tipo de câncer.
Neste guia, iremos explorar as principais informações sobre câncer no colo do útero, focando especialmente em sua prevenção.
Acompanhe a leitura!
O que é câncer no colo do útero e quais são as principais causas?
De modo geral, podemos entender o câncer como uma multiplicação desordenada de um grupo de células capaz de gerar tumores que podem se espalhar pelo corpo.
Levando isso em consideração, o câncer no colo do útero é um tumor maligno desenvolvido na parte inferior do útero (colo) conectada à vagina.
Como dissemos na introdução deste guia, a principal desse tipo de câncer é a infecção recorrente pelo HPV, infecção essa transmitida via contato sexual.
O HPV invade a mucosa do colo do útero e o material genético desse vírus se junta às células do colo uterino, que começam a se multiplicar de forma desordenada, desencadeando uma lesão tumoral.
Bom, desde já, é importante destacar que nem toda infecção causada pelo HPV irá culminar em um caso de câncer. A maioria delas será temporária, sumindo do organismo espontaneamente.
Considerando que o HPV é transmitido pela relação sexual, podemos destacar como fatores de risco para a doença:
- Iniciação precoce na vida sexual;
- Sexo sem camisinha;
- Múltiplos parceiros sexuais;
- Ocorrência de outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como gonorreia, HIV e Clamídia;
- Uso prolongado de anticoncepcionais.
Além desses fatores ligados diretamente a práticas sexuais, há outras questões que deixam as mulheres mais vulneráveis ao câncer no colo do útero. Confira abaixo, amiga leitora!
Histórico familiar
Pacientes com histórico familiar de câncer no colo do útero geralmente têm uma predisposição genética à doença.
Isso quer dizer que há mais chance de esse grupo apresentar alterações celulares na região uterina com grande possibilidade de elas resultarem em formação de tumor maligno.
Em vista disso, mulheres com parentes próximas que foram diagnosticadas com a doença devem dar atenção redobrada à saúde íntima, tomando a vacina contra o HPV, fazendo exames preventivos com regularidade e tendo práticas sexuais seguras.
Tabagismo
Mulheres fumantes têm mais chance de desenvolver não só esse, mas todos os tipos de câncer, pois as substâncias tóxicas presentes no cigarro prejudicam o sistema imunológico.
Com a defesa enfraquecida, fica mais difícil combater as infecções causadas pelo HPV, sendo elas as grandes “vilãs” do câncer no colo do útero, como já vimos neste guia.
Multiparidade (múltiplas gestações)
Ter muitos filhos também representa um fator de risco para esse tipo de câncer.
Isso porque as alterações hormonais e os traumas decorrentes das gestações e dos partos deixam o corpo da mulher mais vulnerável aos prejuízos causados pelo HPV, facilitando o surgimento de lesões pré-cancerígenas.
Sedentarismo
O sedentarismo favorece a baixa imunidade, os desequilíbrios hormonais e a obesidade.
Esses três fatores juntos aumentam a vulnerabilidade às lesões provocadas pelo HPV, principal causador do câncer no colo do útero.
Quais são os principais sintomas do câncer no colo do útero (e quando procurar ajuda médica)?
A grande preocupação com esse tipo de câncer surge porque ele apresenta, em seu estágio inicial, um comportamento silencioso, isto é, a paciente pode ser assintomática.
Quando os sintomas se manifestam, quando a doença já está em um estágio mais avançado, eles podem ser:
- Sangramentos vaginais anormais, fora do período menstrual e especialmente após a relação sexual ou na menopausa;
- Corrimento vaginal com mau cheiro e coloração incomum;
- Dor na região pélvica durante o sexo;
- Dores nas pernas e nas costas;
- Anemia;
- Variação de peso;
- Problemas urinários e intestinais.
Vale destacar que esses sintomas podem indicar outras condições ginecológicas (ou não).
Considerando isso, o acompanhamento médico periódico é imprescindível para evitar que o HPV avance para o câncer no colo do útero, afinal, o desenvolvimento desse tipo de câncer é lento e ele tem alta chance de cura, desde que detectado em estágio inicial.
Como prevenir contra o câncer no colo do útero?
Vimos, ao longo deste guia, que o principal causador do câncer no colo do útero é o HPV. Então, a prevenção contra esse vírus é indispensável.
Além disso, a realização de consultas e exames periódicos contribui, e muito, para a detecção precoce da doença e, consequentemente, para a sua cura.
Para conscientizar a população sobre a importância da prevenção contra o câncer no colo do útero, foi criado o “Março Lilás”.
Lembrando que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer no colo do útero representa a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
A seguir, vamos detalhar essas medidas preventivas e apresentar outras que também devem ser incorporadas à rotina da mulher.
Vacinação contra o HPV
A vacina contra o HPV é uma das formas mais eficazes de prevenção contra o câncer no colo do útero.
Essa vacina é indicada para meninas e meninos a partir dos 9 anos e o ideal é que ela seja administrada antes do início da vida sexual.
Desde 2014, o SUS oferece gratuitamente a vacina contra o HPV ao público que está na faixa etária de 9 a 14 anos. Mas, mesmo quem já tenha ultrapassado esse intervalo deve se vacinar, neste caso, procurando um consultório particular.
Uso de preservativo
Práticas sexuais seguras também são uma medida preventiva contra esse tipo de câncer.
Usar preservativo nas relações sexuais pode diminuir o risco de infecção por HPV e reduzir o número de parceiros sexuais também contribui com a essa prevenção.
Consultas e exames ginecológicos frequentes
Mulheres que já iniciaram sua vida sexual devem se submeter a consultas e exames ginecológicos frequentes.
O Papanicolau mapeia alterações celulares no colo do útero antes de elas se tornarem câncer, possibilitando uma intervenção precoce e impedindo o avanço da doença.
Aí, caso sejam identificadas lesões pré-cancerígenas no colo do útero, por exemplo, uma cauterização química impede que essas lesões evoluam para um câncer.
Cientes da importância do acompanhamento médico na prevenção do câncer no colo do útero, convidamos você, cara leitora, a marcar uma consulta.
📍 Rua Vilela, 665 – 8º andar - Tatuapé – São Paulo/SP💬 WhatsApp: (11) 91879-2363