Quando a Cirurgia de Alta Frequência é indicada para a saúde da mulher?

cirurgia de alta frequencia
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Dra. Aline Araújo

Ginecologista e Obstetra
CRM-SP 203476 RQE 99553

A Cirurgia de Alta Frequência (CAF) é um procedimento que utiliza corrente elétrica de alta frequência para tratar e remover lesões presentes no colo do útero, na vagina e em outras áreas do genital feminino. 

A CAF é uma técnica minimamente invasiva muito utilizada em procedimentos de diagnósticos e tratamento de lesões pré-cancerígenas e cancerígenas presentes especialmente no colo do útero. 

Dessa forma, podemos entender que a Cirurgia de Alta Frequência trata diretamente a área lesada e obtém amostras desse tecido anormal para análise. 

Neste guia, cara leitora, vamos mostrar para quem é indicada a CAF, dar orientações sobre quando procurar ajuda médica e sobre os cuidados pré e pós-operatório. 

Acompanhe a leitura! 

Para quem a Cirurgia de Alta Frequência é indicada?

De modo geral, a Cirurgia de Alta Frequência é indicada para tratar lesões precursoras do câncer de colo do útero (como Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), detectadas pelo Papanicolau e confirmadas por biópsia. 

Além disso, a CAF é feita especialmente nos casos apresentados abaixo:

  • Retirada de tecidos suspeitos para realização de biópsia;
  • Tratamento de lesões acusadas em exames como a colposcopia (análise do interior da vagina e do colo do útero feita por um aparelho chamado “colposcópio”);
  • Tratamento de pólipos e verrugas genitais (condilomas);
  • Tratamento de lesões escamosas de alto grau persistentes (após dois anos de acompanhamento). 

Antes de passar para o próximo tópico, é importante destacar que, por meio da Cirurgia de Alta Frequência, é possível impedir que uma lesão no colo do útero avance para um câncer

Por aí, podemos perceber a tamanha importância desse procedimento. 

Quando procurar ajuda médica?

Geralmente a paciente deve procurar ajuda médica para avaliar a necessidade de uma Cirurgia de Alta Frequência depois de identificada alguma alteração em exames de rotina, como no preventivo (papanicolau) ou na colposcopia — esta mencionada no tópico anterior. 

A seguir, vamos apresentar outras condições que devem levar a paciente a buscar uma avaliação médica.

  • Diagnóstico de lesões epiteliais de alto grau no colo do útero;
  • Neoplasias (proliferação celular que leva à formação de tumores benignos ou malignos) intraepiteliais cervicais (NIC II ou III);
  • Células escamosas atípicas com risco de lesão de alto grau (ASC-H);
  • Colposcopia apontando lesões de HPV de alto risco;
  • Detecção de HPV em exames repetidos por mais de um ou dois anos;

Vamos “abrir parênteses” aqui para explicar que o HPV (Papilomavírus Humano) é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) que pode não causar nenhum sintoma, mas, em casos mais graves, é capaz de desencadear câncer do colo do útero, da vagina, da vulva e do ânus. 

  • Mesmo se não houver formação de tecido anormal, a Cirurgia de Alta Frequência pode ser indicada para prevenção do câncer do colo do útero;
  • Presença de verrugas genitais, pólipos ou outras lesões suspeitas no colo do útero, na vulva e na vagina;
  • Sangramento depois da relação sexual;
  • Secreção vaginal atípica, normalmente com a presença de sangue;
  • Exames não conclusivos ou discordantes;

Quando o Papanicolau, a colposcopia e a biópsia não trazem resultados conclusivos ou  apresentam contradições, a CAF pode ser utilizada para elaborar um diagnóstico preciso. 

  • Sangramento vaginal anormal, fora do período menstrual ou após a menopausa.

Quais são os cuidados pré-operatórios?

A paciente que for se submeter à Cirurgia de Alta Frequência deverá passar por uma avaliação clínica e ginecológica completas.

Além disso, a paciente deve atualizar seus exames laboratoriais, como, por exemplo, o hemograma e o coagulograma (que mede os parâmetros da coagulação sanguínea). 

A seguir, cara leitora, você confere outros cuidados pré-operatórios que devem ser tomados para a realização da Cirurgia de Alta Frequência. 

Consulta com a ginecologista

Quando temos de passar por alguma cirurgia, é óbvio que precisamos conversar com a especialista previamente e passar por uma avaliação clínica completa, não é mesmo?

Com a Cirurgia de Alta Frequência não seria diferente. 

Além dessa avaliação, é imprescindível também repetir alguns exames, como colposcopia, Papanicolau, testes de HPV e biópsia

A partir da avaliação médica e da revisão desses exames é que se consegue confirmar se a CAF é de fato necessária. 

Jejum

Caso a Cirurgia de Alta Frequência seja realizada com anestesia local, geralmente a paciente é dispensada do jejum. 

Porém, se houver necessidade de sedação ou anestesia geral, recomenda-se que a paciente faça um jejum de 6 a 8 horas.

Exames complementares

Antes de a CAF acontecer, é possível que a(o) ginecologista solicite exames complementares, como: 

  • Coagulograma, no caso de a paciente apresentar histórico de sangramentos incomuns;
  • Hemograma completo para verificação de anemia ou infecções;
  • Sorologias, que auxiliam na identificação de vestígios deixados por vírus e bactérias e na verificação da imunidade da paciente. 

Pausa nas relações sexuais

É recomendado evitar relações sexuais de 2 a 3 dias antes da CAF, a fim de diminuir os riscos de sangramentos e inflamações

Duchas vaginais e medicamentos intravaginais também devem ser evitados pelo menos 48 horas antes da cirurgia.

Conversa com o médico sobre doenças prévias e uso de remédios

A paciente precisa informar ao ginecologista sobre gravidez e/ou doenças preexistentes, como alergias, hipertensão, diabetes, dentre outras. 

Além disso, a paciente deve ter uma conversa franca com o(a) ginecologista, comunicando-lhe o uso de medicamentos, como anti-inflamatórios e anticoagulantes, por exemplo. 

A ginecologista deve informar a paciente sobre possíveis riscos da cirurgia, como acontece o procedimento e os cuidados pós-operatórios.

Por fim, a paciente precisa assinar um termo autorizando a realização da cirurgia

E os cuidados pós-operatórios?

Assim como a CAF exige cuidados prévios, há de se tomar algumas medidas após a cirurgia, a fim de garantir uma recuperação plena, sem infecções e com uma boa cicatrização. 

É vital também a paciente contar com uma boa rede de apoio para dar um suporte físico e emocional durante o pós-operatório. 

A seguir, amiga leitora, você confere outros cuidados pós-operatórios a serem tomados na CAF.

Evite absorventes íntimos e banhos por imersão

Após a CAF, a área genital deve ser mantida limpa e seca. E, em vez de O.B., por exemplo, a paciente deve optar por absorventes tradicionais, evitando, assim, infecções. 

Durante as primeiras semanas após a Cirurgia de Alta Frequência, a paciente pode tomar banho normalmente. Só é preciso evitar piscina e banheira

Privar-se de relações sexuais

O ideal é, após a CAF, evitar relações sexuais durante 30 a 45 dias ou segundo orientação específica da ginecologista.

Essa medida é muito importante tanto para que a cicatrização seja bem-sucedida como para proteger o organismo contra infecções

Não fazer muito esforço físico

Atividades físicas que exigem muito esforço devem ser evitadas pelo menos nos dois dias após a Cirurgia de Alta Frequência. 

Isso porque, após a CAF, pode ocorrer um leve sangramento, havendo chance de este ser agravado caso a paciente faça muito esforço físico. 

É importante ter atenção redobrada a alguns sintomas, como sangramento intenso como o da menstruação, corrimento com mau cheiro, febre e dor forte

Caso esses sintomas se manifestem, é preciso procurar ajuda médica prontamente. 

Por fim, a paciente deve agendar um horário com a ginecologista que fez a cirurgia para avaliar a cicatrização, o resultado da biópsia (caso tenha sido feita) e programar novos exames. 

Depois de ler o conteúdo deste guia, pode surgir a dúvida: “será que eu preciso da Cirurgia de Alta Frequência”? Faça uma consulta comigo para fazermos uma avaliação completa. 

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