Corrimento Vaginal: como ter um diagnóstico preciso

corrimento vaginal
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Dra. Aline Araújo

Ginecologista e Obstetra
CRM-SP 203476 RQE 99553

Você já notou a presença de um corrimento vaginal semelhante à clara de ovo e inodoro poucos dias antes da menstruação?

Essa secreção é normal, já que a vagina é revestida de uma mucosa que produz esse corrimento para fins de proteção e lubrificação

O alerta que se faz quando o assunto é corrimento vaginal é que cada tipo de corrimento possui características específicas que podem indicar tanto condições normais quanto problemas de saúde íntima, desde alterações hormonais até infecções.

Por isso, quando você observa variações no corrimento vaginal, como mudança de cor, sensação de coceira e ardência, além de mau cheiro, é preciso procurar sua ginecologista. 

Esses sintomas, afinal, podem representar alguma condição médica que precisa ser investigada com o máximo de critério. 

Acompanhe a leitura deste guia, amiga leitora, e saiba quando o corrimento vaginal não deve gerar preocupação, quando o médico deverá ser consultado e qual a importância de um diagnóstico preciso. 

Quando o corrimento vaginal é considerado normal?

Há corrimentos vaginais que são fisiológicos, isto é, fazem parte das funções naturais do corpo humano. 

Podemos definir o corrimento vaginal fisiológico (normal) como uma secreção natural produzida pelo próprio organismo com a finalidade de lubrificar, umidificar e limpar a vagina

Dessa forma, ela é protegida contra infecções. Vale destacar que geralmente esse corrimento é claro, branco e inodoro. 

É importante lembrar ainda que, durante o ciclo menstrual, o volume e a textura do corrimento podem variar. 

Essas variações são normais e estão associadas às oscilações hormonais no organismo da mulher durante esse período. 

O corrimento vaginal fisiológico também costuma surgir em momentos como a ovulação, o período pré-menstrual, a gravidez e a excitação sexual. 

Nessas fases ele também pode aumentar de volume, o que deve ser considerado normal; decorrente de mudanças naturais do corpo. 

Outro ponto que merece destaque é que, em condições normais, o corrimento vaginal não deve provocar desconforto, ardência nem coceira. 

Levando isso em consideração, se o corrimento vaginal fugir a esse parâmetro, vale a pena investigá-lo com a ginecologista. 

No próximo tópico, vamos apresentar aspectos do corrimento vaginal que necessitam de um parecer médico. Continue acompanhando a leitura, amiga leitora! 

Corrimento vaginal: quando me preocupar?

A seguir vamos apresentar as principais condições referentes ao corrimento vaginal que merecem uma atenção especial e uma consulta à ginecologista. 

Quando ele vem acompanhado de cheiro forte

Se o corrimento vaginal vier acompanhado de um odor forte, pode ser sinal de infecção vaginal. 

Ela é causada geralmente por fungos, bactérias ou parasitas, provocando, nesses casos, respectivamente: tricomoníase, vaginose bacteriana e clamídia, por exemplo. 

Esse mau cheiro se assemelha ao de peixe e ocorre normalmente devido a alterações no pH vaginal; ao uso de duchas e/ou de produtos inapropriados. 

Corrimento vaginal que surge com mau cheiro também pode vir acompanhado de queimação, coceira, ardência ao urinar e dor nas relações sexuais. 

Há cinco causas principais do corrimento vaginal com mau cheiro. São elas: 

Vaginose bacteriana

Trata-se de uma infecção da vagina causada geralmente pela bactéria do gênero Gardnerella sp. e devido ao desequilíbrio da flora vaginal. 

O sintoma principal da vaginose bacteriana é o corrimento com mau cheiro (semelhante ao de peixe podre). 

A vaginose está muito associada ao uso de duchas vaginais e a múltiplos parceiros sexuais.

E o tratamento médico normalmente envolve a prescrição de antibióticos.

Gonorreia

Ela é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, gerando corrimento vaginal com mau cheiro, podendo haver também dor ao urinar e sangramento entre os ciclos menstruais

Caso não seja tratada, a gonorreia pode trazer consequências sérias, como doença inflamatória pélvica. 

O tratamento, que deve ser orientado e prescrito pela ginecologista, inclui antibióticos específicos. 

Tricomoníase

É uma IST causada pelo protozoário (parasita) Trichomonas vaginalis e apresenta como principal sintoma o corrimento vaginal com mau cheiro. 

Junto com o odor forte, pode haver outros sintomas, como dor ao urinar e durante as relações sexuais, além de coceira.

Esquecimento do absorvente interno na vagina

Esse esquecimento pode gerar um odor muito forte na vagina, devido ao acúmulo de bactérias no objeto retido. 

O corrimento vaginal nessa situação pode vir acompanhado de sangue e ter uma coloração escura

Caso ocorra esse esquecimento, é preciso removê-lo prontamente e buscar ajuda médica. 

Clamídia

Ela é outra IST, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e também pode apresentar como sintoma um corrimento vaginal com cheiro forte, além de coloração anormal. 

Caso não seja tratada corretamente, pode levar a complicações reprodutivas.

O diagnóstico é feito através de exames e o tratamento é realizado com antibiótico. 

Quando ele surge (ou é alterado) depois de viagens

Viagens costumam trazer muita descontração, mas, ao mesmo tempo, elas nos expõem a novos ambientes, bem como a clima, dieta e micro-organismos diferentes.

Essa mistura de novidades pode gerar alterações no corrimento vaginal. Em casos assim, é preciso ter atenção redobrada ao conjunto de sintomas associados ao corrimento. 

Outras mudanças que podem ocorrer durante viagens são: alteração hormonal ou desidratação, as quais, por sua vez, podem desequilibrar a microbiota vaginal. 

Uma medida importante e simples para combater esse desequilíbrio é manter uma boa hidratação. 

Quando ele causa coceira na vagina

Se o corrimento vaginal provocar coceira ou irritação na região da vagina, deve-se acender o alerta. 

Coceira, irritação e vermelhidão, quando associados ao corrimento vaginal, podem representar infecção por parasitas (tricomoníase) ou fungos (candidíase). 

Para combater esse tipo de corrimento, evite usar roupas íntimas muito justas ou sintéticas e procure um ginecologista para tratar a causa específica.

Além disso, dê preferências a produtos para a higiene íntima sem fragrância, pois eles tendem a minimizar possíveis irritações na vagina. 

Quando ele surge após relações sexuais sem preservativo

É sabido que relações sexuais sem proteção aumentam o risco de transmissão de IST. Na mulher, é comum que essas infecções se manifestem por um corrimento vaginal anormal 

Além disso, o próprio sêmen pode ser irritativo e, em ambientes vaginais desregulados, pode piorar o corrimento.

Tendo conhecimento disso, vale reforçar que o uso de preservativo é imprescindível para a prevenção contra ISTs e contra desequilíbrios na flora vaginal decorrentes de relações sexuais e trocas de fluidos corporais. 

Qual a importância do uso de microscópio para análise de corrimentos? 

A microscopia de conteúdo vaginal é fundamental para a análise e o diagnóstico precisos dos vários tipos de corrimento vaginal. 

Com o microscópio, é possível identificar características celulares do corrimento, como a presença de fungos e bactérias e encaminhar a paciente ao tratamento mais adequado. 

Vimos, ao longo deste guia, que os sintomas associados ao corrimento vaginal indicam diferentes condições da saúde da mulher. 

E a análise microscópica, a partir de um exame não invasivo ajuda a acompanhar a saúde íntima, principalmente os casos persistentes

Embora o uso do microscópio em clínicas ginecológicas seja importantíssimo, a maioria delas não oferece essa tecnologia, que exige capacitação específica do médico.   

No meu consultório, você tem acesso a microscopia, garantindo um diagnóstico moderno e preciso. Marque uma consulta:

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