A dismenorreia membranosa não é algo muito falado, mas é extremamente assustador para quem passa por isso.
Já imaginou notar a saída de um tecido parecido com uma “pele” durante a menstruação?
Pois é, isso acontece porque o útero libera o endométrio de uma forma diferente do comum, e, junto com isso, vêm cólicas fortes e um fluxo muito mais intenso.
Se você vive com essa situação e fica apreensiva a cada menstruação, saiba que é normal ter esse sentimento, mas você vai entender como lidar com a condição daqui pra frente.
Hoje, vamos conversar sobre o que está por trás desse quadro, quais são as possíveis causas e, claro, como aliviar os sintomas da maneira certa.
O que é a Dismenorreia Membranosa?
A dismenorreia membranosa é uma condição rara que gera algum susto à primeira vista.
Isso porque, diferente da menstruação comum, onde o endométrio se desfaz em sangue e pequenos coágulos, aqui ele sai em pedaços maiores e mais estruturados, como uma membrana.
Algumas mulheres relatam até a eliminação de um molde quase intacto do útero, o que pode causar muito desconforto e preocupação.
Mas por que isso acontece? Normalmente, o endométrio descama aos poucos, sendo eliminado junto ao fluxo menstrual.
Na dismenorreia membranosa, esse processo não ocorre da forma habitual. O tecido se desprende como uma estrutura quase inteira, tornando a contração do útero muito mais intensa.
E o resultado são cólicas fortes, fluxo super intenso e incômodo muito maior do que o esperado durante o período menstrual.
Embora possa parecer um sintoma isolado, a dismenorreia membranosa, em alguns casos, pode estar associada a alterações hormonais, uso prolongado de anticoncepcionais à base de progesterona ou a condições ginecológicas que precisam ser avaliadas.
Na maioria das vezes, você só percebe algo diferente quando nota a saída desse tecido no absorvente ou no vaso sanitário, o que gera o susto inicial.
Portanto, se você já passou por isso ou tem cólicas menstruais muito intensas acompanhadas de um fluxo anormal, o melhor caminho é buscar um ginecologista para investigar as causas e encontrar formas de aliviar os sintomas.
Afinal, sentir dor extrema todo mês não é normal, ok?
Quais são as causas da dismenorreia membranosa?
O corpo não faz nada sem um motivo, e quando a menstruação vem diferente, é porque alguma coisa mudou no caminho.
O que acontece é que algumas situações mexem com os hormônios ou com a forma como o útero se comporta, e é aí que o endométrio passa a ser eliminado desse jeito incomum.
Separei aqui as principais causas da dismenorreia membranosa pra você entender melhor:
1. Anticoncepcional
Se você já usou anticoncepcional hormonal, sabe que ele muda a forma como o corpo lida com o ciclo.
Dependendo do tipo, o endométrio fica mais fino ou mais espesso e quando o anticoncepcional é interrompido ou trocado, o útero precisa se reajustar e, nesse processo, acaba eliminando o tecido de uma forma diferente, em pedaços maiores e mais estruturados.
2. Desregulação hormonal
Os hormônios são os grandes comandantes do ciclo menstrual, e qualquer alteração neles muda a forma como o útero se prepara pra menstruação.
Se os níveis de estrogênio e progesterona saem do equilíbrio, o endométrio se desenvolve de maneira irregular e descama desse jeito atípico, em vez de se dissolver no fluxo.
3. Endometriose e adenomiose
A endometriose faz com que o endométrio cresça fora do lugar e interfere na descamação.
Já a adenomiose engrossa as paredes do útero, o que também impacta a forma como o tecido se solta durante a menstruação.
4. Interrupção abrupta do uso de hormônios
Se você parou de tomar hormônio “do nada”, sem um ajuste gradual, seu corpo, em geral, tende a reagir de forma desorganizada.
O útero acaba eliminando o endométrio de um jeito diferente, e o resultado é esse fluxo com pedaços maiores de tecido.
O que você precisa ter em mente é que cada corpo reage de um jeito, mas quando a menstruação muda e traz desconforto intenso, vale a pena investigar.
Sintomas além da expulsão de membranas
Eu tive uma paciente que sempre teve cólicas fortes, mas, um dia, percebeu que tinha alguma coisa que estava diferente, além dos incômodos normais. A dor parecia mais intensa, e o fluxo veio muito mais pesado do que o normal.
Quando foi ao banheiro, levou um susto: eliminou um pedaço inteiro de tecido, bem diferente do que já tinha visto antes.
No começo, achou que pudesse ser um coágulo grande, mas o formato estava estranho, mais estruturado. Depois disso, ela sentiu o corpo esgotado e as cólicas demoraram a passar.
Com essa história, eu quero te explicar que a dismenorreia membranosa não vem sozinha. Além da eliminação desse tecido incomum, o corpo dá outros sinais, como:
- Cólicas extremamente fortes: a dor é intensa e dura mais tempo que o normal, geralmente antes e durante a expulsão do tecido;
- Aumento significativo do fluxo: o sangramento é muito mais volumoso do que o habitual, exigindo trocas frequentes de absorvente;
- Peças grandes de tecido no sangue menstrual: diferente dos coágulos comuns, esse tecido tem uma aparência mais estruturada;
- Sensação de pressão na região pélvica: algumas mulheres descrevem como um peso ou até mesmo pequenas contrações;
- Cansaço excessivo: perder muito sangue de uma vez deixa o corpo mais fraco e exausto;
- Tontura ou sensação de desmaio: se o fluxo for muito intenso, causa queda de pressão ou tontura;
- Alterações no ciclo: a menstruação vem desregulada, atrasando ou adiantando de forma imprevisível;
- Desconforto durante relações sexuais: em alguns casos, você pode apresentar maior sensibilidade e dor durante o período menstrual.
Ao notar qualquer um ou a combinação de alguns desses fatores, você já pode ligar o alerta: tem coisa errada aí!
Como tratar a Dismenorreia Membranosa?
Olha, eu sei que quando o assunto é menstruação dolorosa, a gente escuta de tudo: “É normal”, “Toda mulher sente cólica”, “Toma um chazinho que passa”.
Mas dor intensa, fluxo exagerado e eliminação de tecido não são coisas que você precisa simplesmente aceitar.
Então, vem comigo entender sobre os tratamentos possíveis para a condição!
O tratamento para a dismenorreia membranosa vai depender do que está causando essa alteração no seu corpo. Se for hormonal, a abordagem é uma. Se houver outra alteração ginecológica envolvida, o caminho já é diferente.
Mas, anota aí: o mais importante é que tem solução e quanto antes você entender o que está acontecendo, melhor.
O que pode ajudar?
- Anti-inflamatórios: são indicados para aliviar as cólicas e reduzir a inflamação do útero durante o período menstrual;
- Ajuste hormonal: se os hormônios estiverem desregulados, anticoncepcionais ou outras terapias ajudam a regular o ciclo e evitar a formação dessas membranas;
- Investigação de outras condições ginecológicas: endometriose e adenomiose são algumas das condições que normalmente estão associadas à dismenorreia membranosa. Por isso, exames de imagem e acompanhamento detalhado fazem parte do processo;
- Mudança na rotina: estresse, alimentação desbalanceada e sedentarismo impactam o ciclo menstrual e pequenos ajustes no dia a dia ajudam a aliviar os sintomas;
- Medicações para controle da dor: se as cólicas forem muito intensas, analgésicos mais específicos são utilizados;
- Acompanhamento contínuo: não adianta tratar uma vez e esquecer o problema. Consultas regulares garantem que tudo esteja funcionando bem e evitam complicações.
Se você passa por isso, não tente se acostumar com o desconforto.
Seu corpo está sinalizando que algo não está certo, e dar atenção a esses sinais é o primeiro passo para encontrar um tratamento que realmente funcione.
Você não precisa lidar com esse desconforto! Vamos conversar?
A dismenorreia membranosa é realmente uma experiência assustadora, mas você não precisa lidar com isso sozinha.
Se sua menstruação está diferente, com dor intensa, fluxo intenso ou eliminação de tecidos incomuns, é um sinal de que seu corpo precisa de atenção.
No consultório, vamos conversar com calma, avaliar as causas e encontrar a melhor solução para o seu caso.
Cuidar da sua saúde íntima é um ato de autocuidado e eu estou aqui para te ajudar nesse processo.
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