O DIU de cobre é um dos métodos contraceptivos mais procurados, principalmente por ser acessível, não conter hormônios e ter longa duração.
Mas, antes de decidir por ele, é muito importante conhecer os seus possíveis efeitos colaterais. Isso porque nenhum método é isento de desconfortos, e cada corpo reage de um jeito.
Então, se você está pensando em colocar o DIU de cobre ou já colocou e está sentindo algumas mudanças, esse texto é pra você.
Eu vou te contar, com clareza e sem mistério, mais detalhes sobre os efeitos mais comuns e também sobre os que não são tão frequentes, mas merecem atenção.
Efeitos colaterais mais comuns do DIU de cobre
Se você acabou de colocar o DIU de cobre (ou está pensando nisso), é super importante saber o que o seu corpo pode sentir nos primeiros meses.
Não é motivo para alarde, mas entender o que é comum evita sustos desnecessários.
A principal queixa que escuto no consultório é o aumento do fluxo menstrual.
A menstruação pode vir mais intensa e durar mais dias do que você estava acostumada, principalmente se antes você usava um anticoncepcional hormonal, que costuma diminuir o sangramento.
E esse fluxo mais forte costuma vir acompanhado de cólicas mais incômodas também.
Outra coisa que pode acontecer nos três primeiros ciclos é um sangramento de escape fora do período da menstruação.
Isso assusta, eu sei. Mas essa adaptação é esperada enquanto o útero se acostuma com o DIU. Com o tempo, o corpo entende que ele está ali e as coisas tendem a se estabilizar.
É importante saber que esses efeitos são temporários na maioria dos casos. Mas, é claro, se estiver atrapalhando muito o seu dia a dia, a gente conversa, vê o que está acontecendo e, se for o caso, repensa o método.
Cada corpo responde de um jeito, e isso precisa ser respeitado.
Colocar o DIU de cobre é uma escolha que pode funcionar super bem, desde que você saiba exatamente o que esperar do seu corpo nessa fase de adaptação.
Efeitos colaterais menos comuns do DIU de cobre
Existem algumas reações mais raras que o DIU de cobre pode causar e que também vale a pena conhecer.
Saber o que esperar te ajuda a identificar qualquer sinal diferente no seu corpo e buscar orientação na hora certa.
Um deles é o que chamamos de expulsão do DIU. Parece esquisito, né? Mas o corpo pode tentar “expulsar” o dispositivo, como se não aceitasse aquele corpo estranho ali dentro.
Quando isso acontece, o DIU sai do lugar e perde a eficácia contraceptiva.
Você percebe isso através de um sangramento fora do comum, cólicas diferentes e até percebendo que os fios do DIU estão mais compridos que o normal.
Por isso, é importante fazer o retorno de avaliação depois da colocação.
Outro efeito, bem menos frequente, é a perfuração uterina, que, apesar do nome assustador, é extremamente rara e geralmente associada a alguma intercorrência na hora da inserção.
Tem também quem relate rejeição com sintomas prolongados: cólicas muito intensas por meses, desconforto nas relações sexuais ou um mal-estar geral que não melhora com o tempo.
Quando o DIU realmente não combina com o nosso corpo, a gente sente.
E olha, isso não é sinal de “fracasso”, tá? É só uma questão de encontrar o método que melhor se adapta a você.
Por isso, é super importante ter uma ginecologista de confiança, que fará esse acompanhamento com você e trocará seu método contraceptivo se necessário.
Quando vale a pena considerar outro tipo de DIU?
O DIU de cobre é um excelente método contraceptivo. Ele é livre de hormônios, tem longa duração e é super seguro, mas nem por isso funciona bem para todo mundo.
Antes de se decidir, é importante saber reconhecer os sinais que mostram que ele talvez não seja a melhor escolha para você.
Se, mesmo sem utilizar DIU, você já sofre com cólicas muito fortes, menstruação intensa ou anemia, vale a pena conversar com sua ginecologista sobre outras opções.
Isso porque, como explicado, o DIU de cobre tende a aumentar o fluxo e as cólicas em algumas mulheres, especialmente nos primeiros meses.
E se o seu ciclo já te exige muito, esse aumento pode te deixar ainda mais desconfortável, e até prejudicar (e MUITO!) a sua qualidade de vida.
Agora, se você já colocou o DIU e está sentindo que os sintomas pré, durante e pós-menstruais mudaram pra pior, com cólicas mais fortes, menstruação muito volumosa, dor durante as relações e até um mal-estar que não tinha antes, é hora de uma reavaliação médica
Em alguns casos, o corpo simplesmente não se adapta tão bem ao dispositivo, e forçar essa adaptação nunca é a melhor saída.
Outra coisa importante: tem mulheres que preferem métodos que suspendam a menstruação ou ajudem a controlar quadros como endometriose, síndrome dos ovários policísticos e até TPM intensa.
Nesses casos, o DIU hormonal tende a ser uma alternativa mais confortável.
Para você entender melhor, eu criei uma tabela que vai te ajudar a compreender prós e contras de vários métodos contraceptivos:
| Método | Para quem é indicado | Possíveis sintomas/efeitos colaterais | Quando não é indicado |
| DIU de cobre | Mulheres que não querem usar hormônios e buscam um método de longa duração | Aumento do fluxo menstrual, cólicas mais intensas | Anemia, miomas que causam sangramento, adenomiose ou cólicas incapacitantes |
| DIU hormonal | Quem busca reduzir cólicas e fluxo; bom para endometriose e adenomiose | Escape nos primeiros meses, acne, sensibilidade nas mamas | Histórico de trombose ou intolerância a hormônios |
| Pílula | Mulheres sem restrições hormonais que querem controlar o ciclo e os sintomas das TPM | Náusea, cefaleia, retenção de líquido, risco de trombose | Enxaqueca com aura, histórico de trombose, hipertensão descontrolada, tabagismo > 35 anos |
| Injetável mensal/trimestral | Quem prefere método hormonal com menos esquecimentos | Alterações menstruais, ganho de peso, dor de cabeça | Hipertensão grave, diabetes com complicações vasculares |
| Implante hormonal (Implanon) | Mulheres que querem praticidade por até 3 anos sem lembrar de tomar nada | Sangramento irregular, acne, dor de cabeça | Doença hepática grave ou câncer de mama atual ou prévio |
| Preservativo (camisinha) | Todos os públicos; essencial para prevenção de ISTs | Alergia ao látex (em alguns casos) | Sem contraindicação clínica — apenas adaptar material em caso de alergia |
| Diafragma | Mulheres que preferem método sem hormônio e controlado pela própria usuária | Risco de infecção urinária, desconforto na colocação | Alterações anatômicas vaginais, infecções urinárias recorrentes |
| Laqueadura tubária | Quem tem certeza de que não quer mais engravidar | Procedimento cirúrgico; dor abdominal inicial | Dúvida sobre filhos no futuro, risco cirúrgico elevado, instabilidade emocional |
Por isso, nada de tomar decisões no escuro. O melhor método é sempre o que respeita seu corpo, sua rotina e seus desejos.
E isso a gente define juntas, com informação, escuta e cuidado. Está com dúvidas? Vamos conversar.
Nem todo corpo se adapta igual, e tá tudo bem!
O DIU de cobre, como qualquer método contraceptivo, tem seus prós e contras.
Por isso, entender os efeitos colaterais te ajuda a tomar uma decisão mais consciente e a respeitar o que o seu corpo precisa.
Aqui no consultório, a gente avalia cada caso com carinho e responsabilidade, para juntas encontrarmos o que funciona melhor pro seu momento.
⠀
💬 WhatsApp: (11) 91879-2363


