Sabia que a pílula, segundo o Ministério da Saúde, é o método contraceptivo mais utilizado pelas brasileiras? E provavelmente você já ouviu falar dos malefícios do anticoncepcional oral, não é mesmo?!
Quando usada por muitos anos, a pílula pode causar trombose — especialmente entre mulheres com predisposição genética — além de aumento da pressão arterial e maior risco de câncer de mama.
Neste guia, amiga leitora, vamos mostrar que o anticoncepcional oral, por mais que traga benefícios às mulheres, como prevenção à gravidez e controle do ciclo menstrual, a longo prazo, pode prejudicar a saúde feminina de forma global.
Além disso, vamos apresentar alternativas mais seguras para a contracepção. Acompanhe a leitura e fuja dos malefícios da pílula anticoncepcional!
Malefícios do anticoncepcional oral
A intenção deste guia não é discutir a eficácia da pílula na contracepção, que pode chegar a 99%, e sim mostrar os malefícios caso ela seja usada por longos períodos sem interrupção.
De antemão, vale a pena destacar que o uso prolongado e ininterrupto do anticoncepcional oral pode trazer consequências graves à saúde da mulher e também efeitos colaterais mais brandos, embora incômodos.
Vamos começar pelos prejuízos mais sérios?
Trombose Venosa Profunda (TVP)
Um dos grandes malefícios do anticoncepcional oral é o risco de Trombose Venosa Profunda, risco esse que aumenta entre mulheres com histórico familiar da doença, com sobrepeso e/ou fumantes.
A TVP acontece quando um coágulo de sangue (sangue solidificado) se forma em uma veia profunda do corpo, geralmente nas pernas, prejudicando a circulação sanguínea.
Esse coágulo pode causar dor, vermelhidão, inchaço e calor na região afetada, além de consequências mais graves, como uma embolia pulmonar.
Nesse caso, o coágulo se desloca para os pulmões, bloqueia uma artéria pulmonar, prejudicando a circulação sanguínea e a distribuição de oxigênio no corpo.
Os principais sintomas da embolia pulmonar são: falta de ar súbita, tontura, dor no peito e tosse com sangue. A condição exige pronto atendimento médico.
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Dos malefícios do anticoncepcional oral, o AVC merece atenção redobrada.
O Acidente Vascular Cerebral ocorre quando o transporte de oxigênio e nutrientes para o cérebro é interrompido por um coágulo ou pela ruptura de um vaso.
A falta de oxigênio e nutrientes no cérebro causa a morte de células cerebrais, gerando sequelas temporárias ou permanentes na paciente.
Hipertensão arterial e ataque cardíaco
Os hormônios sintéticos presentes na pílula podem aumentar a pressão sanguínea, sobrecarregando, assim, o sistema cardiovascular e favorecendo a hipertensão arterial.
O uso de anticoncepcionais orais também aumenta o risco de ataque cardíaco, pois facilita a formação de coágulos e o estreitamento das artérias.
E o ataque cardíaco acontece quando o fluxo de sangue para o coração é bloqueado, podendo levar a paciente à morte.
Agora vamos apresentar as reações adversas mais brandas do uso contínuo e prolongado do anticoncepcional oral.
Dores de cabeça
Dos malefícios do anticoncepcional oral, agora os mais brandos, podemos destacar as dores de cabeça causadas pelas alterações hormonais provocadas pela medicação, principalmente em mulheres com predisposição à enxaqueca.
Enjoos
Náuseas e vômitos são outros efeitos colaterais decorrentes do uso de anticoncepcional oral.
Geralmente essas reações se manifestam quando a paciente começa a tomar a pílula, mas podem se estender pelos primeiros meses de administração da medicação até o organismo se adaptar às alterações hormonais que ela causa.
Uma medida para evitar esse desconforto estomacal é tomar o anticoncepcional junto com a refeição.
Sangramento irregular
Apesar do uso do anticoncepcional prometer a regulação do ciclo menstrual, algumas mulheres podem ter sangramentos de escape no meio do ciclo, o que não é perigoso mas pode deixá-las preocupadas.
Oscilações de humor
Algumas pacientes que usam pílula se queixam de mudanças de humor, ansiedade, irritabilidade e depressão.
Essas queixas fazem sentido, porque os hormônios sintéticos presentes no anticoncepcional oral podem influenciar os neurotransmissores (mensageiros químicos do cérebro que regulam o humor), impactando o bem-estar emocional da mulher.
Retenção de líquido
A retenção de líquido é mais um dos malefícios do anticoncepcional oral. Ela é causada pelas alterações hormonais que contribuem com o acúmulo de sódio e líquido no corpo.
Diminuição da libido
Mulheres que fazem uso prolongado da pílula podem ter redução de libido, porque a composição da medicação reduz a quantidade de testosterona no corpo, a qual está diretamente ligada ao desejo sexual.
Inchaço (e dores) nos seios
Os hormônios presentes no anticoncepcional oral afetam as glândulas mamárias, tornando os seios mais inchados e doloridos.
Por mais que esses efeitos não causem prejuízos graves à saúde, eles podem afetar negativamente o bem-estar e a qualidade de vida da mulher.
Melhores alternativas ao anticoncepcional oral
Até agora mostramos os riscos e malefícios da pílula anticoncepcional. Não poderíamos finalizar este guia sem apresentar soluções mais seguras e eficazes para a contracepção.
DIU
O Dispositivo Intrauterino, ou simplesmente DIU, que pode ser de cobre, prata ou hormonal, oferece proteção de longa duração e não expõe a paciente aos riscos do anticoncepcional oral.
O DIU de cobre não contém hormônios e impede a fecundação devido à ação do cobre (que é seu principal componente). Ele pode ficar no organismo de 5 a 10 anos e, por meio de um procedimento rápido, é inserido no útero por uma ginecologista.
Há também o DIU de prata, que também possui cobre em sua composição. Ele também é um DIU não hormonal e comercialmente recebe o nome de “Andalan”.
Já o DIU hormonal (Mirena ou Kyleena) libera progesterona de forma localizada, dificultando a ovulação.
Ele também é introduzido no útero por uma ginecologista por meio de um aplicador específico e sem cirurgia. O DIU hormonal pode ficar de 3 a 5 anos no organismo.
A eficácia do DIU na contracepção é comparada à da laqueadura, superando os 99%.
Das vantagens do DIU, destacamos:
- O DIU de cobre não sobrecarrega o corpo com hormônios sintéticos;
- A eficácia desse método contraceptivo não é comprometida caso a paciente utilize outras medicações;
- Não é abortivo;
- Não gera infertilidade.
Implanon
Conhecido como “chip anticoncepcional”, o Implanon é um pequeno bastão colocado sob a pele do braço da paciente que libera o hormônio o etonogestrel — equivalente sintético do progesterona — e evita a gravidez por até três anos, sem necessidade de intervenções nesse período.
Após a remoção do chip, a fertilidade é retomada rapidamente.
Além do efeito anticoncepção, o Implanon ajuda a regular o ciclo menstrual, diminui as cólicas bem como os sintomas da endometriose.
O Implanon é aplicado pela ginecologista em consultório, com aplicação de anestesia local, corte na parte interna do braço e, por fim, é feito um curativo que deve permanecer no local por até 24 horas.
As principais vantagens do Implanon são:
- Sem necessidade de ingerir diariamente doses hormonais;
- Combate a ovulação de forma segura;
- Melhora o bem-estar da mulher no período menstrual;
- É reversível, pois, quando retirado, a fertilidade volta rapidamente.
Depois de destrinchar os malefícios do anticoncepcional oral e apresentar soluções contraceptivas mais seguras e eficazes, vamos ficando por aqui, amiga leitora.
Marque uma consulta comigo, tire todas as suas dúvidas sobre métodos contraceptivos e vamos juntas escolher qual atende melhor às suas necessidades.
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