O sangramento no início da gravidez é uma experiência que gera bastante preocupação, porém nem sempre é sinal de que algo está errado.
Em geral, é comum que algumas gestantes tenham pequenos sangramentos nas primeiras semanas e, em boa parte dos casos, eles não representam risco para a saúde da mãe e do bebê.
Existem algumas causas comuns para esses sangramentos, como o sangramento de nidação, que acontece quando o embrião se implanta no útero, por exemplo.
No entanto, é importante entender como diferenciar os sangramentos normais e quais são aqueles que indicam complicações.
Nas próximas linhas, você vai entender quais são as principais causas de sangramento no início da gravidez, quando é considerado normal e em que momento você precisa buscar ajuda médica.
Fique atenta aos sinais de alerta e entenda quando garantir a sua segurança e a do seu bebê! Vamos lá?
4 causas comuns de sangramento no início da gravidez
O sangramento no início da gravidez é um ocorrência relativamente comum e, em boa parte das vezes, não é um sinal de que está acontecendo algo grave.
Eles acontecem devido a algumas causas naturais que podem levar a pequenos sangramentos nas primeiras semanas da gestação, que são elas:
Sangramento de nidação
Esse tipo de sangramento acontece quando o embrião se implanta no revestimento do útero, o que acontece entre o 6º e o 12º dia após a fecundação.
O sangramento de nidação é leve, apresenta coloração rosada ou marrom e pode durar alguns dias.
É considerado normal e pode até ser confundido com o início da menstruação, o que faz algumas mulheres afirmarem que menstruaram mesmo estando grávidas.
Alterações no colo do útero
Durante a gravidez, o fluxo sanguíneo para o colo do útero aumenta, o que deixa a região mais sensível.
Por isso, pequenos sangramentos podem acontecer após relações sexuais, exames ginecológicos e até mesmo sem um motivo mais evidente.
Em geral, são sangramentos leves e transitórios, que não representam riscos para a gestação.
Infecções vaginais
Outro fator que pode levar ao sangramento, são infecções no trato reprodutivo, como vaginites ou infecções sexualmente transmissíveis, gerando sangramentos leves.
Embora sejam complicações que não estão ligadas à gravidez, é indispensável tratar rapidamente para evitar possíveis complicações.
Isso porque apenas o tratamento médico pode controlar e/ou curar a infecção para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Mudanças hormonais
Durante o início da gravidez, o corpo da mulher está passando por inúmeras mudanças hormonais, que podem afetar o revestimento uterino e provocar pequenos sangramentos.
Essas alterações são comuns e, na maior parte das vezes, o sangramento cessa naturalmente.
Em resumo, o sangramento no início da gravidez é algo que acontece com a maioria das gestantes e, em boa parte dos casos, não oferece risco.
Porém, o mais importante é sempre monitorar a intensidade, a duração e as características do sangramento.
Assim, em caso de dúvida ou desconforto, comunique-se imediatamente com sua obstetra e garanta o seu bem-estar e do bebê.
Quando o sangramento no início da gravidez é motivo de preocupação?
Como vimos, o sangramento no início da gravidez é comum e muitas vezes não oferece risco, mas existem situações em que ele pode indicar complicações.
Por isso, é importante saber quando o sangramento precisa ser motivo de preocupação e exigir atenção médica imediata.
Dentre os principais sinais de alerta estão:
- Sangramento intenso ou prolongado: se o sangramento for abundante, parecido com a menstruação, ou acompanhado de coágulos, é um sinal de um problema mais grave. Nesses casos, é importante procurar sua obstetra imediatamente, pois apresenta risco de aborto espontâneo ou outras complicações;
- Cólicas e dores abdominais fortes: caso o sangramento venha acompanhado de cólicas intensas ou dores abdominais fortes, é importante procurar atendimento médico. Esses sintomas podem indicar uma gravidez ectópica, que acontece quando o embrião se implanta fora do útero, geralmente nas trompas de falópio;
- Febre e mal-estar: sangramento que surge junto com febre, calafrios ou sensação de mal-estar pode ser um sinal de infecção ou outra complicação. Principalmente a febre precisa ser monitorada com atenção, porque pode ser um sintoma de infecção uterina ou retenção de tecidos após um aborto espontâneo;
- Ausência de sinais de gravidez: caso você tenha um sangramento, mas nenhum outro sinal de gravidez, como náusea, sensibilidade nos seios ou fadiga, é necessário investigar a saúde da sua gestação.
Em qualquer um desses casos, é importante procurar ajuda médica imediatamente.
A sua obstetra poderá realizar exames para avaliar a causa do sangramento e, se necessário, tomar medidas para proteger a sua gestação.
O que fazer em casos de aborto espontâneo?
O aborto espontâneo pode ser uma das causas do sangramento no início da gravidez e pode ocorrer em cerca de 10% a 20% das gestações.
É um evento emocionalmente difícil e que exige alguns cuidados especiais com a saúde da mulher.
Ao identificar os sinais de um possível aborto espontâneo, como sangramento intenso, cólicas fortes e a expulsão de coágulos no sangramento, você precisa procurar um pronto socorro imediatamente.
Na consulta, ela irá realizar exames (em geral, a ultrassonografia) para confirmar se houve a perda gestacional e verificar se todo o conteúdo uterino foi expelido.
E, antes de procurar apoio médico, nada de usar medicamentos por conta própria.
Algumas mulheres podem sentir a necessidade de se automedicar para aliviar a dor ou tentar controlar o sangramento, mas isso não é seguro.
O uso de medicamentos sem orientação pode gerar complicações no quadro ou mascarar outros sintomas importantes.
Sentiu incômodos mais fortes e sangramento intenso? Vá imediatamente procurar ajuda médica!
Após todos os exames e, caso o aborto espontâneo realmente aconteça, é importante realizar um acompanhamento médico nas próximas semanas para garantir que o útero está livre de qualque tecido remanescente.
Caso contrário, acontece o risco de infecção ou complicações como retenção placentária, que vem a exigir curetagem para limpar o útero.
Além dos cuidados físicos, é importante prestar todo apoio emocional necessário para a gestante.
Passar por um aborto espontâneo é uma experiência bastante impactante e, por isso, é imporante conversar com um profissional da área da saúde mental e até procurar grupos de apoio para ajudar a lidar com a situação de luto.
Fique atenta aos sinais e cuide-se desde o início da gravidez!
O sangramento no início da gravidez, como vimos, é comum em muitos casos, mas você precisa prestar atenção a sinais de alerta que indicam a necessidade de cuidados médicos.
Se você está preocupada com seus sangramentos ou tem dúvidas sobre outros cuidados durante a gestação, procure apoio médico imediatamente.
Eu estou aqui para te apoiar! Ligue para o meu consultório e marque uma consulta para conversarmos sobre a sua saúde e a do seu bebê.
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